Trata-se de um edifício barroco, embora apresente, ainda, testemunhos da campanha gótica, nomeadamente, ao nível da abóbada de nervuras de uma das capelas ( localizada no lado esquerdo); das obras renascentistas, visíveis na decoração das pilastras, no arco do cruzeiro e nas colunas toscanas.
A igreja localizada na Ribeira de Santarém é de invocação de Santa Iria, a mártir cristã nabantina, cujo corpo, segundo a lenda, aportou a estas paragens após o seu martírio.
Apesar das muitas alterações sofridas pelas campanhas do século XVIII, e posteriores, é de registar a estrutura renascentista do arco triunfal, ainda incólume, com tondi relevados. No altar colateral da banda direita destaca-se a célebre imagem do Cristo de Mont’Iraz. Escultura gótica de oficina francesa, do final do século XIII ou início do XIV, a que se liga piedosa lenda local.
A cúpula do cruzeiro integra uma pintura decorativa, ilusionística, da autoria de António Simões Ribeiro, o mesmo artista que decorou com arquiteturas fingidas o coro da igreja do Hospital e a irmandade anexa à igreja de Santa Cruz, depois de ter pintado os tectos da Biblioteca Joanina, em Coimbra.
De referir os azulejos azuis e brancos, da primeira metade do século XVIII, produção lisboeta que decora uma dependência anexa ao templo.