Moinho Manuelino de Pernes, situa-se na Ribeira do mesmo nome, junto ao Rio Alviela, fazendo parte de um conjunto de moinhos hidráulicos e azenhas do sec. XII, cujo núcleo original incluía uma série de engenhos doados por D. Afonso Henriques á Ordem Templária, no movimento de conquista e povoamento desta zona do país. A sua estrutura primitiva foi reconstruída em finais do sec. XV, e em 1497 regista-se a utilização do moinho como habitação de recreio do Conde de Abrantes, para cujo efeito foi adaptado o piso superior. Essa utilização fica bem patente nas três janelas do andar nobre, com molduras Manuelino-Mudéjares de verga recortada, maineladas (a da fachada sul hoje sem mainel), que constituem os mais significativos elementos arquitectónicos do imóvel. No sec. XVII, o moinho deixa de funcionar, e o edifício abriga então uma série fábricas e oficinas, até ser aí instalada uma central hidroeléctrica para serviço da vila de Santarém. Pertence hoje á Santa Casa da Misericórdia de Pernes.